sábado, 26 de março de 2011

DE ALMA PARA ALMA



De Alma para Alma (Maria Dolores)
Escuta, alma querida!
Ante as perturbações e os empeços da vida,
Onde não possas ajudar
A dissipar a treva e extinguir o pesar,
Nada fales, em vão!...
Uma palavra, às vezes, tão-somente,
Na moldura de um gesto irreverente,
Basta para espancar o coração.
Se anotas sombra e dor, por onde jornadeias
Dá consolo e respeito às aflições alheias...
Tempo vai, tempo vem...
E assim como o carvão se faz diamante puro,
Na forja do destino, em louvor do futuro,
Todo o mal se converte em coluna do bem.
Usa o verbo, esparzindo novas luzes,
Não condenes, não firas, não acuses!...
Onde enxergares pedra, lodo, espinho,
Cobre de paz e amor as lutas do caminho.
Lembremos nossos erros, teus e meus!...
Todos sofremos provas, alma boa,
Trabalha, serve, ajuda, ama e abençoa
E encontrarás contigo a presença de Deus.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Um mundo em transição



O ano de 2011 está assinalado por muitas catástrofes. É como se observássemos uma grande revolta dos elementos naturais, buscando local próprio.

A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro, transformando cidades e edificações em um mar de lama e pedras, ceifando incontáveis vidas, abalou os brasileiros.

Mas, ainda não refeitos desses fatos que motivaram gestos de solidariedade de variadas localidades, os terremotos no Japão nos levam ao quase terror.

Mais do que as cenas do cinema catástrofe, as imagens televisivas nos impressionaram ao mostrar o mar erguendo-se em enormes vagalhões e engolindo tudo.

Destruição em segundos do que o homem levou muito tempo para construir. Belos edifícios, cidades inteiras, lugares aprazíveis, tudo levado de roldão, arrasado.

Carros e máquinas arrastadas como brinquedos pela correnteza inclemente.

E vidas, quantas vidas ceifadas. Desaparecidos sem conta. E, depois, continua o tsunami em sua jornada, ameaçando outros países, que se colocam em alerta.

E dizer que todos recebemos o Ano Novo com tanta esperança. E vivemos o Terceiro Milênio em anseio de um novo tempo.

Como entender tamanha destruição?

Recorremos ao Evangelho de Jesus. Ele não nos enganou, em momento algum.

Falou de um mundo em extinção para o aparecimento de outro. Falou de dores, de desolação, de tempos amargosos: Pedi a Deus que a vossa fuga não se dê durante o inverno. A aflição desse tempo será tão grande como ainda não houve igual desde o começo do mundo até o presente e como nunca mais haverá.

E se esses dias não fossem abreviados, nenhum homem se salvaria. Mas esses dias serão abreviados, em favor dos eleitos.

Em verdade vos digo: chorareis e gemereis, e o mundo se rejubilará. Estareis em tristeza, mas a vossa tristeza se mudará em alegria.

Uma mulher, quando dá à luz, está em dor, porque é vinda a sua hora. Mas depois que ela dá à luz um filho, não mais se lembra de todos os males que sofreu, pela alegria que experimenta de haver posto no mundo um homem.

É assim que agora estais em tristeza. Mas, eu vos verei de novo e o vosso coração rejubilará e ninguém vos arrebatará a vossa alegria.

Jesus predisse os últimos tempos de um mundo de dores em transição para outro onde o bem predominará.

Assim, o que hoje observamos e que nos leva à solidariedade, ao auxílio de tantas vítimas é a concretização daqueles tempos anunciados.

Muitas dores se farão no mundo para que a grande renovação se apresente.

Muitos irão de retorno à Pátria Espiritual, outros tantos retornarão, Espíritos renovados para promover a grande transformação moral do planeta.

O mundo físico também sofre as transformações e por isso treme, alteram-se paisagens, modificam-se elevações.

Tudo é um grande estertor. Mas, como Jesus mesmo afirmou, após as grandes dores, virá o tempo da bonança.

Auxiliemo-nos enquanto as dores nos maltratam e aguardemos a aurora nova de um novo mundo.

O Senhor está no leme.



Redação do Momento Espírita, com citações extraídas do Evangelho de Mateus, cap. XXIV, vv. 15 a 22 e do Evangelho de João, cap. XVI, vv. 20 a 22.

Em 24.03.2011.

domingo, 20 de março de 2011

Amigos que lutam no orbe, tempestuosas são as emoções oriundas do apego à matéria. São inúmeras as apelativas que vos fazemos para que iniciem urgentemente a vossa reforma íntima. Nestes dias de provas e expiações vocês têm de estar esclarecidos que as expiações são respostas das vossas interferências no passado, no entanto, as provas são os testes diários a que vos sujeitam por vossa própria vontade de comprovar anteriores aprendizagens. Portanto, caros amigos, já que se encontram no seio da Seara bendita do nosso mestre comum, façam valer este privilégio para buscar consolidar as vossas virtudes e valores através do entendimento adquirido até aqui. Estão em posição de avançar e não de manterem-se estacionados. O plano terrestre é um laboratório de aprendizagem onde, aqueles que conhecem o caminho do amor, devem tomar a dianteira daqueles que andam em círculos levando-os ao rumo certo, o do amor.
Por isso caros irmãos, iniciem já a abnegação no amor ao próximo. Estejam imbuidos por vossa vontade, fazei valer vossos propósitos iniciais de levar a luz de dentro pra fora. Tenham consciência de que a força que recebeis deve ser usada na distribuição do esclarecimento e da caridade.
Sintam-se seguros e serenos, mas caminhem com passos decididos para a realização da vontade do pai. Sejam os trabalhadores que Jesus tanto precisa e considera. É através da vossa vontade e do vosso esforço que se realiza a vontade do Pai; sois esclarecidos e por isso, multiplicadores da Boa Nova e da caridade.
Que os vossos corações sensibilizados estejam sempre alinhados com os nossos, e que tenham sempre fé e confiança pois Jesus espera isso de vocês e vocês podem esperar isso de Jesus.
Que o amor brilhe em vossa alma.
oh/Jésus Gonçalves (30/05/2009).

terça-feira, 15 de março de 2011

Subida







Erros e acertos, fazem parte do nosso dia a dia.

São como degraus de uma escada, cada vez que tomamos decisões, temos atitudes, andamos e subimos um ou mais degraus. Mas não pensem que apenas subimos degraus quando acertamos, isso não seria justo; subimos degraus quando erramos também, desde que juntamente com esse erro, venha a reflexão e o aprendizado.

Costumo dizer que toda batalha na vida, tem três finais possíveis : Vitória, quase vitória e derrota. Acho que todos sabem o que é vitória e derrota, mas o que seria uma quase vitória? É justamente quando na derrota, você consegui se reerguer e tirar algum proveito dessa queda, ou seja, você analisa, compreende, acha os porquês da derrota  e obtém as respostas através do raciocínio. Feito todas essas etapas, está mais forte, se ergue mais preparado, para a próxima batalha, para a próxima lição, lembrando que como somos responsáveis pelas subida, responsáveis pelo método que tentamos galgar novo degrau, isso vai influenciar quando deves chegar lá no topo, pois independente do tempo que levar, muito ou pouco tempo, só vai chegar lá, se modificando para melhor.

Comece a subir hoje, ou continue subindo, o importante é saber fazer da sua vitória não o objetivo principal, mas sim apenas um detalhe; que o objetivo principal seja o aprendizado que tens ali, seja na vitória ou na derrota, fazendo dessa ultima, uma quase vitória, tirando o aprendizado que vai tornar te melhor hoje do que foste ontem.

quarta-feira, 9 de março de 2011



TIRE A MÁSCARA 
Primeiro, os outros chegam e dizem que é pra não se incomodar, que do jeito que a gente fizer tá bem feito.

Aí, a gente pega e vai seguindo os instintos, vai fazendo do jeito que sabe.  Na hora de apresentar o resultado, dizem ou pensam:

– Mas não era bem assim, assim...?

Sabe o que torna as coisas muito difíceis no mundo dos encarnados? É que as verdadeiras intenções quase nunca estão à mostra.  Os espertinhos usam esta vantagem a seu favor. É muito fácil aprender a cara de bonzinho, a cara de amigo, a cara de interessado, e ir usando cada uma de acordo com a ocasião.

Acontece que tem um grande número de pessoas que fazem isto sem perceber, por causa da educação que tiveram (se é que isto é educação), e dizem coisas amáveis pra não serem indelicadas, e não dizem a verdade pra não serem indelicadas, e não dizem a verdade pra não serem descaridosas.

Sabe que muitos resgates já se originaram no fato de se omitir a verdade, de não se declarar em alto e bom som o que realmente se pretendia?

– É que a verdade dói, a verdade machuca.

Sei. Mas o que machuca mais: a realidade ou descobrir, muito depois, que se foi enganado? Que os outros só estavam tentando ser gentis, por isso deixaram que a gente se atolasse todo na lama?

É engraçado que se vive repetindo: "a verdade vos libertará, a verdade vos libertará". E se morre de medo da verdade verdadeira, daquela nua e crua, daquela que coloca as pessoas livres de máscaras umas diante das outras.

Isso acontece, primeiro, porque a maioria morre de medo da verdade sobre si mesma. No fundo, elas gostariam de ser melhores do que são. E como ficam tentando provar pros outros que são melhores do que realmente são, a verdade tem de ficar bem escondida.

Não é que seja errado querer ser melhor do que se é... O ponto importante aqui é que você não precisa parecer melhor diante de ninguém, porque a sua melhoria não importa pra ninguém, só pra você.

Não adianta parecer, porque o que você parece não conta como progresso realizado. Então, pra que serve?

Pra dar uma de importante, de puro, de evangelizado? Dar uma de fariseu, que se mete a sabe-tudo e a dizer o que é bom pros outros?

Se não tivesse medo da verdade, cada um acharia mais fácil saber o que é melhor pra si mesmo, e teria menos que ver com a vida dos outros.

Tire as máscaras, porque elas pesam. Cansa levá-las pra lá e pra cá. Dá um trabalhão resolver qual usar a cada momento. E não resolvem nada, porque Deus vê o verdadeiro sentimento, sob a aparência. E, se Deus vê, por que dar tanta importância pro que o vizinho e o colega vêem?

– Ah, Calunga, é que eu preciso de atenção!!

Pois eu vou contar mais um segredo sobre as máscaras. É que elas costumam despencar, bem quando você acredita que elas estão mais firmes. E daí? Com que cara você vai ficar, depois de chamar bastante atenção sobre si mesmo e, na hora H, surgir o seu verdadeiro eu?

Calunga - (De "Pensamentos que resolvem", de Rita Foelker)